A minha escolha:
Título da obra: O Menino-Estrela
Autor: Oscar Wilde
Ilustradora: Raquel Costa
Editora: Porto Editora
Ano de edição: outubro de 2014
As personagens são: o menino loiro, dois lenhadores e a sua família, os animais da floresta, a mendiga, o velho feiticeiro e o leproso. A ação desenrola-se na aldeia, na floresta e na cidade.
Resumo da história
"O Menino - Estrela"
A criança cresceu e tornou-se num belo jovem,
mas com fraca personalidade. Era mau, orgulhoso, cruel e egoísta. Desprezava os
filhos do lenhador que tinham crescido com ele e as outras crianças da aldeia.
Dizia-lhes que tinham origens humildes enquanto ele era nobre por ter nascido
de uma estrela. Ele nem os animais respeitava.
Certo dia, apareceu na aldeia uma mendiga que
se cruzou com o menino e que foi desprezada por este. O lenhador apercebeu-se
da malvadez do menino, repreendeu-o e acolheu em sua casa a mendiga. Enquanto
esta comia, ia conversando com o lenhador e ficou a saber que o Menino-Estrela
era o filho que ela perdera há 10 anos atrás na floresta. O lenhador foi ao
encontro do Menino-Estrela para que este se apressasse para ir para casa
conhecer a sua mãe. O menino quando viu que a sua mãe era a Mendiga, negou-a,
riu-se dela com desprezo e disse:
"Ora esta, onde está a minha mãe? Não vejo senão esta pedinte
miserável (...) desaparece daqui e que eu nunca mais veja a tua cara hedionda".
Antes da mendiga ir embora pediu-lhe um beijo o qual foi recusado pelo menino
que disse:
"Tu és demasiado feia e eu antes queria
beijar uma víbora ou um sapo".
A
mendiga foi-se embora e o menino correu para brincar junto dos companheiros.
Quando lá chegou eles não quiseram brincar com ele, troçaram dele e disseram
que ele era feio como um sapo e tão nojento como uma víbora. O menino foi até
ao poço, olhou para a água e viu que tinha rosto de sapo e corpo de uma víbora.
Triste, atirou-se para a erva, chorou e disse para si mesmo: "Isto aconteceu-me
por causa do pecado que cometi. Neguei a minha mãe e expulsei-a, fui orgulhoso
e cruel com ela. Assim, partirei à sua procura por todo o mundo".
O menino correu então para a floresta e começou
a procurar a mãe. Na floresta encontrou alguns dos animais que outrora tinha
desprezado e agredido. Estes não o ajudaram.
Durante três anos vagueou pelo mundo, um mundo
sem amor, sem bondade, nem caridade para ele, mas era o mundo que ele
construíra nos dias de orgulho. Uma noite, chegou ao portão de uma cidade
fortificada, na entrada, os guardas cruzaram as lanças e não o deixaram passar.
Ele disse-lhes que procurava a mãe e que ela podia estar dentro da cidade, mas
os guardas troçaram dele e não o deixaram passar até que um homem com uma
armadura de flores, lhe disse a rir "Vamos vender essa peste como um
escravo, e o seu preço será uma taça de vinho doce". E assim, um velho
feiticeiro carrancudo o comprou e o aprisionou numa masmorra. Alimentou-o, e na
manhã seguinte, disse-lhe que no bosque havia três moedas de ouro, uma de ouro
branco, outra de ouro amarelo e uma de ouro vermelho. O menino teria de
encontrar e trazer-lhe a de ouro branco, pois se não a trouxesse até ao por do
sol, apanharia cem chicotadas. O Menino-Estrela foi então para o bosque, procurou,
mas não conseguiu encontrá-la. Quando regressava a casa viu uma lebre presa
numa armadilha, teve pena dela e soltou-a. Em agradecimento, a lebre conduziu
ao local onde se encontrava a moeda de ouro branco. No regresso a casa, na rua,
à porta da cidade, estava um leproso que lhe disse "Dá-me uma moeda ou
morrerei de fome", como o leproso implorou, o menino com pena deu-lhe a
moeda. Quando chegou a casa o velho bateu-lhe e colocou-o na masmorra.
Na manha seguinte, o velho voltou a pedir-lhe
para ir ao bosque buscar a moeda de ouro amarela, se não a trouxesse batia-lhe
e mantinha-o como escravo. No bosque a lebre viu o menino a chorar e voltou a
ajudá-lo mostrando-lhe o caminho para a moeda de ouro amarelo. Novamente, no
regresso a casa o menino encontrou o leproso que voltou a suplicar-lhe uma
moeda senão morreria de fome. O menino deu-lha e quando chegou a casa o velho
bateu-lhe, acorrentou-o e atirou-o para a masmorra.
Na manhã seguinte, o velho mágico pediu-lhe
para ir ao bosque buscar a moeda de ouro vermelho. Disse-lhe que se a trouxesse
libertava-o, senão, matava-o. Mais uma vez, no bosque o menino não encontrava a
moeda e a lebre ajudou-o. Levou-o até à gruta onde estava a moeda de ouro
vermelho. No regresso, o leproso voltou a implorar uma moeda ou morreria. E,
mais uma vez, o menino teve pena dele, deu-lhe a moeda e disse: "A tua
necessidade é maior do que a minha". Seguiu caminho e ao passar o portão
da cidade, os guardas inclinaram-se e disseram "Que belo é o nosso
amo!". O Menino-Estrela estava bonito, o feitiço tinha sido quebrado pelas
suas boas ações, mas, ele pensou que os guardas estavam a troçar dele.
Continuou o caminho, passou pelo palácio do rei e numa rua viu a pedinte, a sua
mãe, e a seu lado o leproso que encontrava na estrada. A sorrir, correu para se
ajoelhar aos seus pés, molhando-os com as suas lágrimas. Pousou a cabeça na
terra e soluçando disse "Mãe, neguei-te numa hora de orgulho. Aceita-me
nesta hora de humildade. Mãe, dei-te ódio. Dá-me teu amor. Mãe, rejeitei-te.
Recebe o teu filho agora". Mas a pedinte não lhe respondeu. O menino, por
ter ajudado o leproso três vezes, pediu-lhe que convencesse a mendiga a
perdoá-lo. A mendiga e o leproso puseram a mão na cabeça dele e disseram para
ele se erguer. A rainha que era a mendiga disse (...)"Este é o teu pai e
tu socorreste-o"(...) e, o rei que era o leproso disse (...)"Esta é a
tua mãe cujos pés lavastes com as tuas lágrimas"(...). O Rei e a Rainha
abraçaram-no e beijaram-no, levaram-no para o palácio e vestiram-no com ricos
trajes, puseram-lhe a coroa na cabeça e o cetro na mão e ele governou a cidade.
Faleceu três anos depois e o rei que se seguiu governou muito mal.
Quem me
aconselhou a obra foi a minha mãe. Foi a minha mãe que me comprou o livro.
Do que mais
gostei e porqquê? Gostei mais da parte em que o menino reconhece que errou e
parte em busca da sua mãe.
Do que menos
gostei e porquê? Gostei menos da parte em que o menino maltrata os outros.
Aconselho a
leitura deste livro aos meus colegas de turma.
O que aprendi?
Aprendi muito sobre o verdadeiro sentido da humildade, não devemos maltratar os
outros, devemos ser sempre amigos, devemos respeitar o próximo e amar aqueles
que também nos amam.
Matilde
Correia Mendes
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